Saturday, April 25, 2009

turbilhão

É nestes dias de chuva que o turbilh\ao desperta. Vem assim de manzinho como quem não pede muito mas exige tudo. Quebra as rotinas e apaga memórias. Desfaz momentos em meros cacos e varre-os sem ter pena alguma
Um turbilhão que entra com força e teima não te abandonar. Teima em ficar, agarrado ao teu corpo, onde outros tocaram e estiveram. Estiveram mas com a tua permissão com o teu desejo e vontade. O turbilhão não. Ele abraça-te prende-te ao aqui e agora do qual só queres fugir. Prende-te ao chão para que não te possas erguer.
Por mais que te tentes levantar e ver o que se passa à tua volta, o turbilhão insiste em borrar todos os quadros que dançam a teu lado. A música, essa não a ouves...fuge de ti e teima em não te dar uma única nota. Ela já não é tua.
Foge e escapa do turbilhão meu amigo, porque o meu ainda cá está...

escrito ao som de Maria Rita - Sem aviso

Uma questão de passados

Nem tudo o que parece bem está de facto bem.
Dou por mim a pensar se vale a pena ou não aproximarmo-nos demais das pessoas. Saimos sempre lesados. Há sempre qualquer coisa que corre mal, sempre qualquer detalhe que não cai bem e pergunto-me - tanto esforço para quê? Odeio a sensação de que alguém que me era querido é de facto passado.