Margarida Pinto - Apontamento
A minha alma partiu-se como
um vaso vazio
Caiu pela escada excessivamente abaixo
Caiu das mãos da criada descuidada caiu
E eu fiz-me em mais pedaços que loiça que havia no vaso .
Fiz barulho na queda
Como um vaso que se partia
E os Deuses que há
Debruçam-se da escada e sorriem à criada
Não se zanguem com ela
São tolerantes com ela .
Asneira ?Impossível ? Sei lá !
Tenho mais sensações que quando me sentia eu !
A minha alma partiu-se como
um vaso vazio
caiu pela escada excessivamente abaixo
Debruçam-se da escada e sorriem à cirada
Não se zangem com ele
São tolerantes
A minha alma partiu-se como
um vaso vazio , caiu
partiu-se caiu
O que era eu - um vaso vazio ?
Alastra a escadaria atapetada de estrelas
Ao fundo um caco brilha, entre os astros
A minha obra ? A minha alma principal ?
A minha vida
E os Deuses olham-na por não saberem porque ficou ali .
do poema de Álvaro de Campos cantado por Margarida Pinto
um vaso vazio
Caiu pela escada excessivamente abaixo
Caiu das mãos da criada descuidada caiu
E eu fiz-me em mais pedaços que loiça que havia no vaso .
Fiz barulho na queda
Como um vaso que se partia
E os Deuses que há
Debruçam-se da escada e sorriem à criada
Não se zanguem com ela
São tolerantes com ela .
Asneira ?Impossível ? Sei lá !
Tenho mais sensações que quando me sentia eu !
A minha alma partiu-se como
um vaso vazio
caiu pela escada excessivamente abaixo
Debruçam-se da escada e sorriem à cirada
Não se zangem com ele
São tolerantes
A minha alma partiu-se como
um vaso vazio , caiu
partiu-se caiu
O que era eu - um vaso vazio ?
Alastra a escadaria atapetada de estrelas
Ao fundo um caco brilha, entre os astros
A minha obra ? A minha alma principal ?
A minha vida
E os Deuses olham-na por não saberem porque ficou ali .
do poema de Álvaro de Campos cantado por Margarida Pinto
0 Comments:
Post a Comment
<< Home