turbilhão
Um turbilhão que entra com força e teima não te abandonar. Teima em ficar, agarrado ao teu corpo, onde outros tocaram e estiveram. Estiveram mas com a tua permissão com o teu desejo e vontade. O turbilhão não. Ele abraça-te prende-te ao aqui e agora do qual só queres fugir. Prende-te ao chão para que não te possas erguer.
Por mais que te tentes levantar e ver o que se passa à tua volta, o turbilhão insiste em borrar todos os quadros que dançam a teu lado. A música, essa não a ouves...fuge de ti e teima em não te dar uma única nota. Ela já não é tua.
Foge e escapa do turbilhão meu amigo, porque o meu ainda cá está...
escrito ao som de Maria Rita - Sem aviso